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sábado, 13 de agosto de 2011

Ferramenta desenvolvida por militares ajuda a diminuir erros nos hospitais


As falhas de comunicação são identificadas como as principais causas de danos inadvertidos aos pacientes. Dados da Joint Comission para os EUA, em 2008, indicam a participação da falha de comunicação em 70% das causas primárias nas ocorrências de eventos adversos.
Os principais fatores que interferem no processo de comunicação levando a Eventos Adversos são mudança ou troca de pacientes, qualidade da informação registrada no prontuário, a notificação de incidentes, a hierarquia inibindo os profissionais juniores ao se reportarem aos superiores, dificuldades de transmissão de informação dentro e entre organizações de grande porte.
O uso de ferramentas de comunicação melhora o processo de informação entre os profissionais da assistência, como o check list cirúrgico realizado antes de se iniciar um procedimento, além de uma ferramenta desenvolvida pelos militares, o SBAR, em inglês: Situation, Background, Assessment, Recomendation, que fornece uma estrutura previsível para uma mensagem, iniciando com o esclarecimento do problema, dando informações básicas, seguido por uma avaliação da situação e uma recomendação. Essa ferramenta traz bons benefícios aos grupos de profissionais que foram ensinados a se comunicar em diferentes estilos, criando uma linguagem comum.
O trabalho em equipe é outro fator chave para uma maior segurança do paciente, e que na área de saúde tem diferentes entendimentos dependendo da profissão do membro da equipe. Há estudos relatando que os médicos referem ver um trabalho de equipe efetivo quando os enfermeiros antecipam suas necessidades e seguem suas instruções (Makary, Sexton, 2006, p 748). Por outro lado as enfermeiras avaliam como bom trabalho em equipe aquele em que suas contribuições são respeitadas (Baker et al. 2007).
Os resultados dos estudos sugerem que 70 a 80% dos eventos adversos em saúde são causados por fatores humanos associados com a pouca comunicação e entendimento entre equipes (Schaefer, Helmreich, 1994), destacando ser crucial para gestores e supervisores entenderem como o trabalho em equipe pode ser aprimorado para a garantia da segurança do paciente (Scott-Cawiezell, Vogelsmeier, 2006).

Por Silvio Possa
11 de agosto de 2011 20:07

terça-feira, 9 de agosto de 2011

CFM apresenta nesta quarta-feira diretrizes para tratamento de usuários de crack


CFM apresenta nesta quarta-feira diretrizes para tratamento de usuários de crack

Documento deverá servir de guia para serviços públicos e privados de saúde

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgará nesta quarta-feira, em Brasília, o protocolo de assistência a usuários e dependentes de crack. O documento, chamado Diretrizes Gerais Médicas para Assistência Integral ao Usuário do Crack, define os aspectos gerais e específicos do tratamento.

No documento, há indicações sobre o encaminhamento que deve ser dado aos usuários da droga dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), com referência, entre outros recursos, à estrutura de urgências e emergências, de consultórios de rua e de albergues terapêuticos. As diretrizes irão ajudar ainda os médicos a avaliar e manejar casos de urgência que envolvam intoxicação, abstinência aguda ou overdose.
Além da área voltada aos médicos, o CFM também apresentará à sociedade propostas de diretrizes para assistência integral ao usuário do crack. Estruturadas sobre três eixos (policial, saúde e social), essas recomendações indicam ações que podem auxiliar na redução do consumo dessa droga.
Levantamento — Segundo pesquisa do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), realizada em 2005, 0,7% da população brasileira de 12 a 65 anos fez uso de crack pelo menos uma vez na vida. Entre os entrevistados, 0,1% afirmou ter usado crack no período de um ano anterior à entrevista e 0,1% afirma ter consumido a droga no período de 30 dias anterior à entrevista.
O maior percentual de pessoas que haviam consumido a droga pelo menos uma vez na vida encontrava-se no grupo de sexo masculino com idade entre 25 e 34 anos: 3,2% do total, o que à época correspondia a 193.000 pessoas.
A pesquisa revelou ainda que 44,9% da população considerava “muito fácil” obter crack caso desejasse, o que equivalia a 22.305.000 pessoas. O Ministério da Saúde estima que atualmente existam 600.000 usuários de crack no país. No entanto, há divergência sobre este número. Alguns pesquisadores estimam que essa população esteja em torno de um milhão de pessoas.


É uma dor que só as famílias que convivem com este drama sabe a intensidade, não é o usuário o doente e sim todos que o cercam. Que esta diretriz venha junto com uma política séria do Sistema de Saúde, que garanta um atendimento digno ao paciente e seus familiares.


Marcos Reis


                       

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Acreditação é garantia de qualidade em saúde


Além de melhorar o atendimento, normatização ajuda a enxugar custos

Preocupação com qualidade na saúde deixa de ser  bandeira de marketing  de  grandes  laboratórios e hospitais  e passa a integrar  estratégias de  economia. De acordo  com especialistas, normatizar as  instituições causa  impacto positivo na sustentabilidade e  pode refletir na  diminuição dos gastos  Foto: Divulgação
Em quase 15 anos de atuação, o Sistema Brasileiro de Acreditação concedeu mais de 600 certificações e recertificações. Atualmente, 285 organizações possuem o certificado válida, entre hospitais, clínicas, hemocentros e laboratórios. O último ano registrou crescimento com cerca de 400 novos estabelecimentos em fase de certificação.
Quem informa é Rubens Covello, superintendente do IQG, uma das oito instituições acreditadoras credenciadas pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) para realizar a certificação dos estabelecimentos de saúde existentes no País.
Ele acredita que o crescimento registrado nos últimos meses é uma demonstração do aumento da percepção do papel da certificação no País, que deixou de ser vista apenas como uma ferramenta de marketing e de disputa de clientes, alcançando a dimensão mais ampla de instrumento de sustentabilidade do setor de saúde.
“Em um primeiro momento a certificação melhora a qualidade dos serviços prestados e reduz incidência de erros médicos. Mas em um segundo momento reduz também o retrabalho - ou a necessidade de refazer procedimentos - eliminando os desperdícios e permitindo racionalização dos custos, maior aproveitamento dos recursos e melhor administração dos estabelecimentos”, esclarece Covello.
Conforme o superintendente do IQG, o mercado amadureceu e percebeu que a acreditação é uma ferramenta importante para a sobrevivência das instituições de saúde, tanto no que se refere à disputa de mercado como na garantia da segurança do paciente.
“A partir do momento em que se normatiza a instituição vai haver um impacto na sua sustentabilidade e isso tem reflexos também nos custos finais, que tendem a diminuir por eliminar o desperdício”.
Menos erros – O foco principal é a segurança do paciente, que começa com a identificação dos processos para orientar a organização dos protocolos, normas, rotinas e manuais criando procedimentos que reduzem a incidência e a variabilidade dos erros,” descreve.

“A acreditação é diferente do selo de qualidade, que é voltado para o produto, pois foi desenhada para os serviços e o sistema de saúde”, afirma.
Ele defende ainda que são mais de 100 programas desenvolvidos no mundo todo nos últimos 50 anos. Segundo Covello, dificilmente existe um país na Europa, por exemplo, que não faça parte de pelo menos um deles”, afirma.

Saiba mais

Confederação Brasileira de Acreditação - www.cbacred.org.br
Organização Nacional de Acreditação - www.ona.org.br
Consórcio Brasileiro de Acreditação - www.cbacred.org.br
Inmetro - www.inmetro.gov.br/credenciamento
Anvisa - www.anvisa.gov.br/servicosaude/acreditacao

Fonte: Jornal O fluminense